Gotas Poéticas

Deserção



Hoje não vou ao mar

Vou ver a barra da saia

Do dia nascer

Lá na beira do rio

Hoje quero o doce da água

Deixo o sal para a terra

Roxa de alegria

Deixo o mar descansar

De meus olhos ressecados

De chuva fina



Hoje não vou ao mar

Vou ver sob escombros

Algum riacho de alegria

Que comporte a areia fina

Da ampulheta de meu dia



Hoje não vou ao mar

Hoje não estou nem pra mim mesma








por Angela Maria Zanirato Salomão
                                                                                           

Mãe, avó, professora de história, tenho 3 turnos de trabalho e entre eles rabisco algumas coisas. Sempre digo que meu ópio é a poesia e que escrevo para respirar. Sou uma entre  5 irmãs que escrevem, herança bendita de meu pai que nos iniciou nos livros quando pequenas. Minha poesia é despretensiosa, mas é o maior legado que deixo para filhos e netos.





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